Semana da comemoração da Consciência Negra, sábado, fui assistir ao BALOJI, no Oi de Ipanema. Funk, rap, reggae. Uma banda fantástica, música da melhor qualidade.
Estranhei desde a chegada. Dia da consciência negra sem negros na platéia. Faltaram. A maioria era de estrangeiros e de senhoras, brancas. Os presentes sim, prestigiaram o BALOJI e, é claro, ouviram boa música. Uma palavra diz tudo sobre o som: irresistível. O som cresce, invade, toma conta. É impossível ficar sentado, ou em pé, ou em qualquer estado que não o de dança.
E a elegância do Baloji? Lembrei-me da voz de Elis em black is beautiful. E é bom ouvir sua música, que exalta as vitórias e a luta dos negros. O grito de paz vem de Maman Zezé, como carinhosamente anuncia Zezé Motta, citando e recitando Nelson Mandela: "Ninguém nasce aprendendo a odiar a cor da pele ou a religiáo. Se aprendeu a odiar, vai aprender a Amar", e Zumbi, "dai alforria ao meu coração". Mediante este comando de liberdade, o show seguiu quente, eu quero saber quem veio primeiro: o negro ou a música. Acho que são gêmeos, andam juntos, encantam, sempre.
A verdade é que somos todos uma mistura de tudo. Esse é o nosso Brasil e talvez ainda algumas pessoas não entendam a nossa realidade.
ResponderExcluir