Rio de Janeiro, Ipanema.
Casa de Cultura Laura Alvim.
O título em inglês "The kids are right" despertou meu interesse. As crianças estão certas? Tenho dois filhos e digo: é improvável. Em que situação tem razão? As crianças são criaturas naturalmente egoístas. A educação ainda não anestesiou seus impulsos possessivos, e o egoísmo é o passo um para náo termos razão.
Mas Ele chega. O reprodutor. O bicho homem. Belo, dono de si. Livre. Vem para querer o que nunca teve - os filhos e a família. Mas quer mais ( os homens tem em si uma fonte de quereres): quer para si a moça bonita, e a quer ali, na ilha de estabilidade que jamais avistara. Não interessa o que pagará por isso. Ele oferece o que tem, irreverência, prazer, jantares deliciosos, velhas músicas...como um animal se exibe e oferece suas qualidades.
Se há um lado bom em ser macho, ele demonstra, e elas se abalam: uma por ciúme, uma por desejo. Há especial prazer no proibido. Resistirá? Quer o homem? Perderá a ilha de harmonia. Quer a ilha? Perderá o homem. Há perguntas que temo a resposta, normalmente não as faço. É o caso.
Não digo mais nada. Os cinco atores - maravilhosos - dizem o que precisa ser dito, com e sem palavras. Há silêncios, há paisagens, há olhares. Embarquei no clima de amor, e se disserem que o tema é comum demais, e que não foi explorado o tema lésbico, diga que o tema é o amor. Se é o amor é comum, que bom, que ótimo, deve haver mais amor por aí do que sabemos.
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