Rio de Janeiro
Copacabana esta semana o mar sou eu
Quem diria?
Todas as empresas tem regras, e naquela empresa uma das regras proibia relacionamento amoroso entre os funcionários.
Podiam passar o dia inteiro juntos,
almoçar,
lanchar,
tomar cafés.
Podiam trabalhar até mais tarde.
Podiam receber elogios e desafios juntos.
Dividir trabalhos, dificuldades, vitórias.
Confiar uns nos outros, contar uns com os outros.
Podiam amparar-se mutuamente.
Mas relacionamentos amorosos náo podia náo.
Ora ora ora. Quem pode impedir uma mulher de ter um relacionamento amoroso? Ninguém.
Nem a Constituição Federal.
Impedir tal evento só o sortudo rapaz desejado. Afora isto, é inevitável.
E náo evitou-se.
Entáo podia e havia e tinha relacionamento amoroso sim.
O rapaz, sortudo, desnorteado, enlouquecido, viu-se entre a melhor mulher que pisou no seu pedaço e um emprego. Bem, emprego se arruma, mas uma moça dessas, ele, meio esmirradinho, meio franzinho, outra dessa ele náo arruma náo.
Ficou com a mulher.
E com o auxílio da internet jogou o romance no ar. Apareceu a Margarida, olê olê olá.
Infrigiu a regra a seu favor. Golpe de Mestre - enquanto segredo, romance apimentado. Senhores, a rebeldia e a transgressão temperam um beijo com o sabor dos deuses. Com o romance revelado, no auge do calor da coisa (sempre há um momento desses, em que queremos gritar aos quatro ventos nosso amor. Mas calma. O momento passa, e talvez o amor também), foi demitido.
Certamente arrumará outro emprego, e brevemente. No Brasil, até os mais comprovados incompetentes estáo bem empregados, por que esta alma apaixonada teria outro destino?
Saiu da empresa com fama de galã. Devia ter algum borogodó misteriosos.
E encheu o bolso com todas as verbas rescisórias e indenizações que o sistema trabalhista garante aos desligados por iniciativa do empregador.
De quebra ficou com a moça, encantada com sua coragem e rebeldia.
Saíram em lua de mel. Aliviados, livres, possíveis.
E dizem que precisamos seguir as regras.
Caríssimos, eu quero mais é que as regras se danem.
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