quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Emoção

Rio
Rio de Janeiro

Deixa falar o coração

Beijos que despertam



Eu quero causar reação.

Nunca gostei de gente sem graça, gente que não te sacode.

Gente que fica na superficialidade me enjoa; gente que se limita a uma aparente simplicidade me entedia; são repetitivos, e repetem as mesmas palavras vazias.

Gente medrosa me apavora: o medo pega fácil, altamente transmissível,e o medo paralisa. Nada de estagnação. É preciso mexer-se. Afasto-me, em pânico, dos medrosos.

Gosto de gente corajosa. Gente com sangue, com carne, com suas dores e alegrias. Orgulhosamente portando sua história vão escrevendo novos capítulos psicografados pela sua emoção.

Da emoção vem tanta coisa. Mesmo da emoção dolorosa, o temível terreno da dor, ainda aí a emoção é fértil. Mais do que parece - da dor vem reflexão, vem o aprendizado, o crescimento.

Vem vontade de não doer mais. Vem vontade de mudar para não doer.

Para experimentar emoções mais saborosas, picantes, adocicadas, refrescantes. Enluaradas, perfumadas, quentes.

Quero todo o cardápio das emoções humanas.

Quero o afeto, a compaixão. A saudade, a solidáo, o tesáo.
Quero o amor, o amor em sua força e leveza.

Sem emoçao náo poderei encontrar o som da palavra que busco, falada, escrita, sentida, cuspida, gemida. Como escrever sem o ditado da emoçáo?

Muitas vezes escreverei impropérios. Cometo e cometerei erros e ofenderei os bons injustamente. Estarei sob império dos sentidos e assumo o risco de errar.

Errar muda tudo de lugar.

Talvez eu acerte em outros textos, em outras ações.

Mas viverei tentando acertar.

Pretendo despertar você, caríssimo leitor. Despertar o desejo pela vida vivida com o coração. Quero acordar seu corpo. Despertá-lo para uma vida diferente, com mais possibilidades no sentir.

Pode sentir um comichão na pele, e um rebuliço nos órgãos vitais, e um mexer involuntário de músculos voluntários. Apurar a antena dos sete sentidos. Conectar-se no universo paralelo do sentir, do querer, do poder. Do levitar.

Começa no alto da barriga. Segue para a garganta, para os lábios. Sai. A palavra de amor sai.

Como escrever e cantar sem o som dos beijos? Como fazê-lo inerte? Quem trará a melodia e o compasso? Como cantar a vida sem vivê-la?

Impossível. Impossível ser feliz sem sentir.







Um comentário:

  1. Você foi atendida desde o dia em que nasceu, baby. Bettina Bruno sempre causa reação, ainda que seja a pior delas, a triste inveja que, tenho certeza, você causa naquelas que nunca foram amadas e desejadas. Quem a vê não a esquece. Você desperta, acima de tudo, uma vontade danada de viver intensamente a vida sempre com você por perto!

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