sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Malabares ao Ar

Encontro de Malabares e Artes Circenses
Praça São Salvador, Laranjeiras
Rio Lindo de Janeiro


Luiz XiXiX, Acrobata Brasileiro

Tudo que tem cor e movimento, é, possivelmente, belo.
Pássaros, borboletas, flores ao vento, corpos dançando. Mas o que dizer sobre os movimentos impossíveis?
Insustentáveis em peso e surpreendentes em velocidade? Estamos falando de beija-flores?
Também. Estou falando de malabares. Tente acompanhar com os olhos, náo dá. Tente contar os objetos flutuando - confundem-se. São três, parecem nove. São cinco, parecem vinte.
Tente reter no olhar; não consegue. São fugazes, ainda que repetitivos. Escapolem da visáo.
A humanidade, desde os egípcios, tem seus malabaristas. Várias etnias orientais e européias dominaram a arte de Malabares. Há registros comprovados datados de 2000 a. C. sobre egípcios. Depois os gregos, que ensinavam às suas meninas, para que se distraíssem. Os italianos fizeram do circo empreendimento, e não existe circo sem malabaristas, e o povo quer circo, logo, o povo quer malabaristas. O ser humano sempre buscou diversão - reis de França tinham acrobatas à sua disposição; árabes tinhas odaliscas, que também equilibravam espadas e provocavam serpentes; russos e seus saltos aéreos, os chineses e seus pratinhos rodando, rodando; ciganas e seus pandeiros, violinos e suas roupas coloridas; e os americanos dançarinos de rua, mudaram nosso jeito de dançar. Todos alegram a vida.
Os circenses prendem nossa atenção. Lançam objetos, os agarram. Deixam que escorreguem pelo corpo, rodopiam em volteios enquanto equilibram pratos. Cospem fogo. Equilibram-se uns sobre os outros, sobre fios ínfimos, sobre o ar.
Manipulam e brincam também com o espectador: somos jogados do suspense ao alívio, prendemos a respiraçao e soltamos o riso. Ora tensos, tememos o perigo que cerca o artista; vibramos de alegria quando o risco passa e o artista agradece vitorioso. Explodimos no aplauso.

Diversão, e amor. Já que amor náo é fácil de achar, vamos aos artistas.

A Terra Adorada tem artista à beça. Músicos, sambistas, cantores. Vamos dar a vez aos acrobatas. O uso que fazem de seu corpo é fantástico. Hipnotizam com sua precisáo. Já tem lugar garantido em raves, as maratonas festivas, as festas dos modernos. Que tenham sua vez em nossos palcos mais populares. O circo promove a diversão saudável que exige habilidade e dedicação. Os saltimbancos, os ciganos contemporâneos, estudaram na Escola de Circo para aprimorar-se. Estão cada vez melhores, merecem ser vistos, e vistos ao vivo.

Que rufem os tambores. Respeitável público, os malabaristas estáo chegando.

Toda segunda, às 18 horas, na Praça São Salvador. De graça.
Depois de um dia de trabalho, o circo. Pegue um metrô, desça no Largo do Machado ou no Flamengo, e zarpe para a Praça São Salvador.

Compareça ao Encontro de Malabares e Artes Circenses.

Só para começar bem a semana, vamos aprender com eles. Lançam bastões, podemos lançar nossos sorrisos ao ar livre. Rápido, sem pensar, um para cima, o outro para baixo, o terceiro gira, o quarto escorrega, o quinto retorna ao primeiro lugar.

Gire o sonho também. Mexa nele e dê um impulso. Jogue para cima, e veja onde vai. Tente pegar, é difícil, exige treino. O sonho, como o sorriso, o pensamento e a emoção, costumam ter vontades e rumos próprios. Não sabemos onde vão dar.

Não perca o circo. Ele passa logo, e como a vida, parte para encantar em outro lugar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário