segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Baloji e o Dia da Consciência Negra

Rio de Janeiro, Ipanema.

Novembro, 2010.


Semana da comemoração da Consciência Negra, sábado, fui assistir ao BALOJI, no Oi de Ipanema. Funk, rap, reggae. Uma banda fantástica, música da melhor qualidade.
Estranhei desde a chegada. Dia da consciência negra sem negros na platéia. Faltaram. A maioria era de estrangeiros e de senhoras, brancas.  Os presentes sim, prestigiaram o BALOJI e, é claro, ouviram boa música.  Uma palavra diz tudo sobre o som: irresistível. O som cresce, invade, toma conta. É impossível ficar sentado, ou em pé, ou em qualquer estado que não o de dança.
E a elegância do Baloji? Lembrei-me da voz de Elis em black is beautiful.  E é bom ouvir sua música, que exalta as vitórias e a luta dos negros. O grito de paz vem de Maman Zezé, como carinhosamente anuncia Zezé Motta, citando e recitando Nelson Mandela:  "Ninguém nasce aprendendo a odiar a cor da pele ou a religiáo. Se aprendeu a odiar, vai aprender a Amar", e Zumbi, "dai alforria ao meu coração". Mediante este comando de liberdade, o show seguiu quente, eu quero saber quem veio primeiro: o negro ou a música. Acho que são gêmeos, andam juntos, encantam, sempre.

Um comentário:

  1. A verdade é que somos todos uma mistura de tudo. Esse é o nosso Brasil e talvez ainda algumas pessoas não entendam a nossa realidade.

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