Rio de Janeiro,
Copacabana City
Paz e amor para você também
Esse ano de 2011, amigos, tende a revoltas.
Começamos empossando a Presidente Dilma. Um negro é presidente dos Estados Unidos e uma mulher é presidente do Brasil - o racismo e o machismo foram amordaçados, pelo menos aparentemente.
Os bombeiros cariocas, justamente, revoltaram-se com seus salários.
A Orla do Rio revoltou-se em ressaca violenta e a população do Rio revoltou-se por Juan, e exigiu que os assassinos fossem desmascarados.
Os artistas paulistas da Funarte, revoltaram-se.
Mundo afora, crises econômicas quebram Europa e Estados Unidos. Ocupações em Praças, feminismo, listas de direitos.
( Cá para nós, a mulherada revolta-se quando vê o Rodrigo Lombardi e sua ametista - pergunta por que não eu, por que não eu, porque, meu Deus? )
E eu também revoltei-me. De verdade.
Perdi as estribeiras.
Tanta mágoa presa na garganta.
Gritei.
Descabelei, arremessei objetos na parede, no chão, escadas abaixo. Escandâlos noite adentro e insônias.
Rasguei retratos e cartões.
Esclareço: sou de Touro, Touro tem 3 estados de espírito, afirmam os mais confiáveis estudiosos da astrologia: 1.calma e silêncio; 2. alegria; 3. fúria incontrolável.
Ninguém segura um touro bravo. Furioso. A revolta vem da fúria. Da necessidade de romper a impotência. De demonstrar sua força, a chutes e pontapés. A chifradas.
Mas os bombeiros foram soltos, os assassinos de Juan foram identificados, a ressaca passou; os artistas paulistas escutarão a voz do bom senso. Também eu havia de acalmar-me.
Estou mansinha mansinha, na minha vida taurina de alimento e natureza. Ao ar livre, como pede a essência humana.
Eu quero nessa vida, caríssimos, é paz e amor.
Todos queremos - nós, os bombeiros, as vítimas, as testemunhas, os artistas, os amantes, os sambistas.
Há paz e há samba por aí.
E há vida após a guerra. Sempre houve. Há solução depois da depressão. Sempre houve.
E há de haver mais amor, mais paz; há de haver mais samba.
A vida não vale uma violência. Uma revolta, um quebra quebra.
A vida não vale nada mesmo, e melhor, que bom que é assim, assim podemos tudo.
Podemos até ser felizes. Sem dor, sem revolta, sem invasões, e sem prisões.
Vivendo de beijos, de samba, de paz, e de amor.
Beijar, sambar e pacificar. Tudo, tudo, tudo de bom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário