quinta-feira, 21 de abril de 2011

Besame Mucho - y por siempre

Leblon
Leblon
de novo, que bom


Foto: Divulgação
Texto: Mário Prata. Direção: Roberto Bomtempo
Elenco: Rafael Sardão, Leandro Baumgratz,Janaina Moura e Ana Paula Sant´Anna


"Que tengo medo perder-te
perder-te después"

Não queridos, não é recaída pelo argentino com quem vivi dos dezenove aos vinte e quatro anos de idade, com intervalos que me permitiram sobreviver.

Meu coração, graças a Dios, está em paz.

Lo que pasa, é que assisti uma peça muito muito muito especial. Vinte anos de cartaz, e a punhalada tem a mesma força.
Começa do fim para o começo. Brinde: projeções fantásticas que ilustram os anos de 1982 a 1960 através de seus ídolos. Um documentário mudo, uma retrospectiva do Brasil em imagens. Adoro projeções.

O release fala que o espectador será um voyer. Para nada, para nada, como dizem os portenhos. O espectador sairá é surtado, pensando em sua vida e em sua relação com o sexo, principalmente.

Ou temos sexo demais, e confunde-se com fartura de desejo, podendo ser apenas compulsão. Escapes.

Ou temos de menos, porque nosso par virou irmão, ou pai, ou mãe, e ao contrário dos incestuosos, irmãos, pais e mães não dão tesão em ninguém.

Ou a pessoa não se satisfaz, ontem não te satisfez, embora tenha feito quinhentas vezes de quinhentas formas, e se diga feliz assim.
Orgasmos falsos, perseguem os verdadeiros, fugiram.
Enganos na cama e no casamento.
Fantasias desesperadas.

Ou o prazer varia, o que é interessante, se há sintonia, ou cruel, se náo há.

O cara que precisa contar os feitos.
O cara que mente sobre os feitos.
O cara que ama o outro cara, e não sabe, ou não quer.
Porque ama o cara e a própria mulher,
e deseja também a mulher do cara.

e então brochou, porque a multiplicidade de opções (já expliquei a origem da expressáo? não? fica para próxima) enlouquece, e no caso dele, brocha.

E outra, a relaçao da pessoa com a profissão.
Henry Kissinger disse que o "sucesso é o maior afrodisíaco". Sim.
E quanto ao sucesso que é farsa? Quanto ao sucesso montado, como fachada, sem pseudônimo, por trás não há nada, talento, empenho, nada?
Esse sucesso existe e náo excita ninguém.
O cara é rico, amado pela crítica, mas é sua esposa (atualmente irmã) quem escreve suas peças. E ele perdeu o tesão nela. Ela é melhor que ele, sua superioridade o afasta, ele precisa ser o melhor, o ser superior.
Ah, o bicho homem. Sempre quer ficar por cima...

Só para fechar. No palco dois casamentos. Duas outras farsas. Um está pensando no outro, náo no seu par, mas no outro marido.
Separar-se? Partir para outra? Descobrir se é gay?
Nào, temos as crianças. Ótima desculpa para o medo.
Vamos a nova sauna, à tarde tem promoção. Consolamo-nos as moças, e eu aproveito e te vejo nu ao meu lado, o corpo que desejo e não posso ter.

O casamento faz bem quando não é pelas crianças.
O sucesso faz bem quando é real. O sexo faz bem quando é entrega.

Afora isso, finja. Prossiga.
Ou parta.
E beije, antes de partir.

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